CPRM lança Atlas Geoquímico do rio São Francisco em Minas Gerais

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Por Conexão Mineral 26/07/2019 - 11:46 hs
Foto: CPRM
CPRM lança Atlas Geoquímico do rio São Francisco em Minas Gerais
Coleta das amostras de água do rio São Francisco em Minas Gerais

Com uma área de 233.564km², a bacia hidrográfica do rio São Francisco no Estado de Minas Gerais, uma das mais importantes do país, foi mapeada por pesquisadores e técnicos em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em 236 municípios do Estado quanto às concentrações naturais de 53 elementos químicos nos solos e sedimentos de fundo dos rios, além de 27 cátions, sete ânions e quatro parâmetros físico-químicos para águas superficiais e de abastecimento público.

Arsênio, Chumbo, Flúor, Ferro, Nióbio, Potássio, Sódio e Zinco são algumas das substâncias estudadas. O Atlas Geoquímico da bacia do Rio São Francisco: Minas Gerais, lançado ontem  (25/7), na Superintendência Regional de Belo Horizonte da CPRM, é composto pela análise de 1587 amostras de sedimento de fundo; 1581 amostras de água de superfície; 504 amostras de solo; e 218 amostras de água de abastecimento público que foram coletadas antes do tratamento efetuado para consumo humano, sendo provenientes de poços, barragens ou diretamente das drenagens.

Segundo a CPRM, entre os resultados obtidos, destacam-se: a grande anomalia de Flúor com 200x80km de extensão em toda a bacia do rio Verde Grande englobando todas as cidades do norte de Minas Gerais com ocorrências de fluorose dental; as delimitações precisas pelos mapas de Arsênio das anomalias referentes às ocorrências auríferas de Morro do Ouro, em Paracatu, e das ocorrências do Quadrilátero Ferrífero; e anomalias de água no rio das Velhas resultantes de ações causadas pelo homem na região metropolitana de Belo Horizonte, algumas já acima dos parâmetros legais.

“Conhecer previamente as concentrações naturais dos elementos permite que, ao ocorrer um evento transformador do meio físico, seja ele natural – como deslizamentos de encostas, subsidências em áreas calcárias ou enchentes, ou artificial – como a implantação de grande área industrial, grandes regiões com agricultura ou ainda acidentes catastróficos como rompimentos de barragens de mineração ou de armazenamento de água, se possa medir precisamente as modificações e imputar mais justamente as medidas de recuperação necessárias”, afirma Eduardo Viglio, geólogo da CPRM.

Também colaboraram diretamente com o projeto estagiários dos cursos de graduação e tecnólogos nas áreas de Geologia, Geografia, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, Ecologia e Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), fornecendo uma conotação multidisciplinar ao estudo. O trabalho de campo ocorreu entre 2008 e 2012. Após esse período, realizou-se as análises laboratoriais e a produção dos mapas geoquímicos.

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